top of page
logo1_transparente.png

RAINHA ALAÍDE COSTA

Pense em uma das maiores cantoras vivas que o Brasil tem a sorte de poder ouvir. Se não veio o nome de Alaíde Costa na cabeça, é só mais um sinal da importância de contarmos um pouco de sua história, como faremos na "Mostra da Monarquia Popular Brasileira". Que seja estendido o tapete vermelho! 

 

Nos seus mais de 60 anos de carreira, nossa Rainha Alaíde, aos 85 anos, segue cantando o amor em suas mais variadas formas, como em "Me deixa em paz", de Monsueto, ou "Onde está você", composta por Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini. De estilo delicado e imponente, Alaíde Costa é parte essencial da história da música popular brasileira, e teve como parceiros nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, e Johnny Alf – para citar só alguns de seus encontros na música. 

 

Sobre a perspectiva de sucesso, Alaíde conta a determinação em escolher suas próprias músicas –  notada em seu repertório único, defendido com a mesma emoção que transborda de sua voz – teve um custo. "Nunca abri mão disso. Foi um preço alto que eu paguei, mas se pudesse voltar atrás, faria tudo de novo. Sempre cantei aquilo que me atraiu".

alaide.png

ALAÍDE  APOIA

Contra todas as formas de discriminação que limitam a realização da plena cidadania!

 

GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

logo1_transparente.png

ALAÍDE COSTA,

 

Dizer que Alaíde Costa tem uma voz potente é chover no molhado. Muito mais que força, seu canto traz uma emoção que atinge a todos - até ela mesma. Quem já viu um show da nossa Rainha, sabe que são raras as ocasiões que ela não chora no palco, depois de uma apresentação que arrebata os corações.

Nascida e criada no subúrbio do Rio de Janeiro, Alaíde se tornou conhecida pelo seu repertório elaborado e sua participação no surgimento da bossa nova, mas o racismo fez com que não tivesse a projeção que merecia.

Como mulher negra dentro de um nicho musical muito elitista, enfrentou situações que escancarou as dificuldades que iria encarar. Houve quem disse que ela devia cantar samba e músicas “mais fáceis”,  alguns músicos colocaram apelidos racistas pelas suas costas e foi dispensada por uma gravadora pela sua cor de pele retinta.

Felizmente, sustentou sua coroa e manteve-se íntegra ao que acreditava. Foi reconhecida e se tornou íntima de grandes nomes da MPB e da bossa nova, como Vinícius de Moraes e Johnny Alf, com quem construiu parcerias. Foi ao lado deles que fez grandes canções, como “Meu Sonho” e “Amigo Amado”, a sua preferida.


Sua história na música começou muito cedo. Aos 11 anos, cantava fazendo as tarefas domésticas quando um de seus irmãos a inscreveu em um show de calouros, em um circo perto da sua casa, no bairro Água Santa, Zona Norte do Rio de Janeiro. Com muita resistência, Alaíde não só se apresentou como venceu o prêmio. 

 

Mas foi somente aos 16 anos que ela começou a se tornar cantora de fato. Sua apresentação no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso na Rádio Tupi, conquistou a nota máxima. Depois disso, começou a se apresentar em diversos programas e casas de shows, até lançar seu primeiro LP, em 1959. Na mesma época, João Gilberto ficou encantado com sua voz e a apresentou aos compositores da bossa nova.

Como cantora, brilhou pelos palcos de todo país e pela Europa. Mas sua veia artística também a levou a ser atriz. Mesmo com sua timidez, atuou no teatro, teleteatro e no cinema, onde recentemente ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no 48º Festival de Cinema de Gramado, por sua interpretação no filme “Todos os Mortos”.

 

Aos 65 anos de carreira, Alaíde continua mais ativa do que nunca. Fez shows em lives durante a pandemia, lançou um disco em parceria com José Miguel Wisnik e prepara um novo álbum, produzido por Emicida e Marcus Preto. “Cadê a coroa? É uma honra ser chamada de Rainha”, brinca.

Saiba mais: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa457142/alaide-costa 

Ouça: https://open.spotify.com/artist/2KkoeJkkFr802J5gPjlRGs 

 

 

DOAR ALAIDE
bottom of page